Em 2025, o uso de drones na agricultura brasileira deixou de ser novidade e virou parte da rotina no campo.
O que mudou de verdade foi a integração de tudo isso. Hoje, a inteligência artificial (IA) já gera mapas de prescrição automáticos, os drones aplicam os defensivos na medida certa, e os pacotes de serviço vêm completos, com mapeamento, aplicação e toda a parte técnica em dia com as normas.
Quer entender como colocar isso em prática na sua lavoura? Acompanhe o artigo que a gente te mostra o caminho, passo a passo, da escolha do sensor ao controle biológico com drone, sem enrolação.
O que mudou em 2025 no uso de drone na agricultura
Em 2025, o uso de drones na agricultura brasileira deixou de ser visto como algo experimental e vem se tornando o verdadeiro protagonista nesses novos tempos de agricultura 5.0.
Com custos operacionais entre R$ 100 e R$ 400 por hectare, esses aliados oferecem uma solução mais acessível para o campo.
Eles conseguem pulverizar mais de 100 hectares por dia e são ideais para áreas de difícil acesso, aplicações localizadas e situações em que o tempo é decisivo.”
Estamos passando da fase de “piloto experimental” para a operação profissional e integrada: sensores cada vez mais evoluídos e serviços maduros que convergem para aumentar ROI e previsibilidade.
Para o produtor, isso se traduz em decisão mais rápida, menos desperdício e execução precisa; para consultores e prestadores, abre espaço para pacotes completos (diagnóstico + aplicação), ancorados em compliance regulatório atualizado.
Por isso, acompanhar essas tendências já é uma necessidade para quem não quer ficar para trás nessa era. E se você quer se aprofundar nesse novo tempo, saiba que a hora é agora!
Principais aplicações de drone na agricultura em 2025
Globalmente, cresce a demanda por agricultura de precisão apoiada por:
Mapeamento e diagnóstico (RGB, multiespectral e térmico)
O mapeamento por drone evoluiu do “olhar panorâmico” RGB para fluxos que combinam multiespectral (NDVI/NDRE) e, em alguns casos, térmico.
Na prática, isso antecipa a leitura de vigor, estresse hídrico, deficiências nutricionais, pragas/doenças e falhas de plantio com maior sensibilidade que o visual puro, permitindo direcionar inspeção de campo e insumos.
Com isso, é possível ajustar o volume de calda, altura e velocidade de voo e melhorar a uniformidade da aplicação, mesmo em áreas inclinadas.
Pulverização direcionada (defensivos, fertilizantes e sementes)
A pulverização por drone ganhou espaço quando o alvo é área de difícil acesso, bordaduras, janelas curtas ou aplicação pontual, cenários em que o terrestre/autoprop gera amassamento e baixa eficiência.
Outra frente em ascensão é a taxa variável em pulverização: a partir de mapas de prescrição, o drone ajusta rota e dose para “tratar onde precisa”.
Os fluxos de VRA (Aplicação em Taxa Variável) reduzem insumos e tempo de campo, conectando diagnóstico, prescrição e execução em um ciclo contínuo do operador.
IA e fluxos de prescrição
A IA é outra protagonista que está saindo do laboratório para a operação. Modelos transformam índices espectrais e históricos em mapas de prescrição (semeadura, fertilização, proteção), automatizando rotas e ignorando áreas sem necessidade.
Plataformas comerciais já exportam planos de voo e arquivos de VRA diretamente para drones pulverizadores, acelerando a tomada de decisão.
Liberação de agentes biológicos
Em 2025, o controle biológico deixou de ser “alternativo” e virou parte do pacote principal de manejo no país. Dados recentes indicam que a adoção de bioinsumos cresceu 13% na safra 2024/2025, mantendo uma trajetória de avanço superior à média global nos últimos anos.
Ao mesmo tempo, o Programa Nacional de Bioinsumos consolidou diretrizes e apoio para ampliar o uso responsável desses insumos nas fazendas.
A grande virada foi levar o biológico até o alvo com velocidade, uniformidade e rastreabilidade. A liberação por drone, antes restrita a pilotos e testes, ganhou hardware e software dedicados no Brasil.
Como começar com drone na agricultura (passo a passo prático)
Defina o caso de uso
Essa é a etapa mais importante para fazer o planejamento. Comece pelo problema que você quer resolver (diagnóstico, monitoramento ou aplicação) e pela cultura/estágio fenológico.
Portanto, delimite área, janela de tempo, metas (ex.: reduzir deriva, aumentar cobertura, detectar falhas) e KPIs claros (hectares/dia, GSD do mapa, VMD da gota, custo/ha). Isso evita compras erradas e orienta todo o restante.
Escolha sensores
Para mapeamento básico, câmeras RGB geram ortomosaicos, contagem de plantas e detecção de falhas.
Multiespectral (NDVI/NDRE) ajuda em vigor nutricional e estresse hídrico; térmico apoia irrigação e detecção de focos; LiDAR/topografia refinam planejamento e faixas de aplicação. Selecione o sensor pelo “para quê”, não pelo “mais caro”.
Selecione o equipamento
Mapeamento extensivo pede asa fixa/VTOL (autonomia e área); inspeções precisas e aplicações localizadas pedem multirrotor (drones com múltiplos rotores, com 4, 6 ou 8 hélices).
Para pulverização, avalie capacidade do tanque, compatibilidade de bicos/adjuvantes, controle de altura do dossel e estabilidade em vento. Priorize confiabilidade, assistência técnica local, disponibilidade de baterias/peças e integração com seu sensor/software.
Planeje operação e compliance
Defina plano de voo, janelas meteorológicas (vento, umidade, temperatura) e faixas de segurança para reduzir deriva. Garanta conformidade com regras fitossanitárias, receituário agronômico quando aplicável, registro e rastreabilidade das aplicações.
Tenha atenção no fluxo de dados
Por fim, sempre padronize o pipeline na sequência de captura, descarregamento, backup, e processamento. Defina formatos (GeoTIFF, shapefile/KML), metadados (sensor, GSD, altitude, clima) e versionamento para rastreabilidade.
A verdade é que os drones na agricultura deixaram de ser promessa e quem está acompanhando essa evolução já sente os resultados na prática: menos desperdício, mais precisão e decisões mais rápidas.
Seja no mapeamento, na pulverização ou no controle biológico, essas tecnologias estão mais acessíveis, fáceis de operar e com retorno cada vez mais visível no bolso e na produtividade.
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